O rádio é algo realmente mágico, quem por algum motivo não gosta do rádio? A emoção de ouvir aquela velha música que nunca mais tocou e que nos remete a um passado feliz da infância, a lembrança de antigos amigos, da escola, a primeira namorada... É pelo rádio que ouvimos apreensivos nosso nome aprovado no vestibular, a certeza de uma nova jornada e a realização de um sonho.
O rádio é pura emoção, emoção daquela conquista do título de futebol com um grito eufórico de gol narrado aos 43 minutos do segundo tempo, momento de histeria coletiva que só é possível por causa da mensagem enlouquecida que o locutor manda através do rádio, é verdade que a emoção nem sempre é boa, mas a notícia é sempre necessária.
Mesmo com todo avanço tecnológico, a televisão e a internet o rádio chega aonde nenhum outro veiculo consegue chegar. Foi pelo rádio que a maioria da humanidade soube do assassinato de John Kennedy, notícias da revolução cubana, da segunda guerra mundial, da chegada do homem à lua, no Brasil as pessoas ouviram os discursos de Vargas, a inauguração de Brasília, o golpe de 64 a conquista da copa de 70, enfim.
O rádio é o parceiro diário das donas-de-casa, o amigo inseparável dos taxistas e o fiel companheiro dos vigilantes nas madrugadas frias e chuvosas, através do dial a menina ouve o último lançamento da sua banda preferida, sem ele nossos dias não seriam tão alegres e nossas noites seriam inevitavelmente mais solitárias.
Mas esse importante canal de entretenimento do homem moderno só é emoção porque é feito de gente, muita gente, na maioria das vezes anônimas, o rádio é uma engrenagem complexa, gente no Departamento Comercial para gerar os recursos financeiros (agentes comerciais, diretores, tráfego comercial, etc.), Setor Administrativo responsável pela estrutura e organização da empresa (Diretor e auxiliares), Departamento Jornalístico onde é gerado todo o conteúdo e parte da programação (Repórteres, Editores, Produtores, etc.) e por fim o Departamento Técnico cuja responsabilidade é garantir que a emissora funcione plenamente (Operadores, técnicos) profissionais anônimos, mas tão importantes quanto os outros, treinados e qualificados para atuarem em momentos de emergência com um detalhe, totalmente expostos à radiofrequência, um problema ainda pouco conhecido pela medicina.
É importante saber que somos todos radialistas, e que o trabalho de um profissional só é possível com a participação direta do outro companheiro, seja ele do Dep. Comercial, Jornalístico, Administrativo ou Técnico, a FITERT (Federação dos Radialistas) e seus sindicatos filiados tem procurado valorizar o profissional de rádio como um todo, só assim alcançaremos melhores condições de trabalho e salários justos, com união.