Na manhã da última quinta-feira, 13, os radialistas de Sergipe e o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Rádio, Televisão Aberta, por Assinatura e Publicidade do Estado de Sergipe (STERTS) realizaram ato público em frente à emissora de rádio Liberdade FM - que faz parte do grupo empresarial Calcinha Preta, localizada no Bairro Sanatório, na zona norte de Aracaju.
O manifesto serviu como forma de protesto à falta de condições de trabalho e atrasos salariais, que chegam a ultrapassar 45 dias e se repetem há vários meses.
O ato contou com a solidariedade e o apoio de diversos sindicatos, como Policiais Civis de Sergipe (Sinpol), Auditores Fiscais (Sindfisco), Associação dos Delegados de Polícia (Adepol), Sindicatos dos Trabalhadores da Saúde (Sintasa) e Sindicato dos Trabalhadores em Serviços Públicos (Sintrase), além da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Sergipe (CTB). Todos repudiam tal postura, que fere os direitos dos trabalhadores.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Radialistas de Sergipe e secretário de política sindical da Fitert, Fernando Cabral, outro caso escandaloso e paralelo à situação dos trabalhadores da Liberdade FM, foi a atitude do diretor da emissora, Moabe Teles, ter dito que o ato de protesto e as manifestações dos sindicatos na porta da rádio para ele não significavam nada.
“Os radialistas de Sergipe e todos os trabalhadores repudiam esse comportamento do senhor Moabe Teles. Por este e outros motivos que o STERTS denunciará o senhor Moabe Teles junto ao Conselho Federal de Administração”, explica Fernando Cabral.
Ex-apresentador é condenado por exercício ilegal da profissão
O STERTS também obteve sucesso em caso de denúncia do exercício ilegal da profissão no Estado. Manoel Sukita, ex-apresentador do programa Sabadão do Povo, transmitido pela rádio Megga FM, foi condenado na última sexta-feira (14). Segundo a sentença, “o réu exerceu ilegalmente a profissão de radialista nos dias 31/08/2013, 06/09/2013 e 14/09/2013, na condição de locutor-apresentador-animador”, e foi determinada a pena pecuniária no valor de R$ 3.940,00, em favor de entidade.
“É uma grande vitória para nós. Conseguimos mostrar para a sociedade que o registro profissional é de fundamental importância no exercício da profissão de radialista”, afirmou Fernando Cabral.
O sindicato ainda segue na luta contra as irregularidades no processo contra Maysa Reis, que também não possui o registro profissional de radialista, e a TV Sergipe (filiada à Rede Globo), que insiste em manter o programa apresentado pela mesma em sua grade.
Atualizada em 17/08/2013 às 18h53.