A secretária de relações institucionais da Fitert, Celene Lemos, participou no último dia 23 (quarta-feira), representando a Federação, de uma reunião com a relatora especial das Nações Unidas sobre questões das minorias, Rita Izsák. A húngara representante da ONU esteve no país por onze dias em missão oficial para avaliar iniciativas de incentivo à tolerância e convivência harmônica entre os povos promovidas pelo governo nacional, sociedade civil e líderes comunitários. Izsák apresentará um relatório detalhado com suas conclusões e recomendações ao governo e ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em março do ano que vem.
Na reunião ocorrida na sede nacional da comunidade bahá'í brasileira, a conversa teve como centro as discriminações raciais existentes no país de maioria negra cuja tradição escravocrata ainda se faz sentir na segregação social de negros e pobres, a questão da intolerância religiosa e as ações desenvolvidas no país para assegurar o direito de livre exercício da fé a todos os cidadãos que partilham preceitos religiosos. Além da Fitert, estiveram presentes líderes religiosos de diversos matizes, a Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), da Plataforma de Direitos Humanos – Dhesca Brasil, e das mulheres negras e quilombolas.
Celene falou sobre a discriminação vivida pelas mulheres em geral no ambiente de trabalho na radiodifusão e comunicação, e entregou à relatora as resoluções de combate às opressões aprovadas no 10º Congresso Nacional da Fitert e nos encontros sobre a questão de gênero promovidos pela entidade. A dirigente da Fitert também relatou as violações sofridas por comunicadores no exercício profissional.